Campo
de Modilhões
Descrever Modilhões sem
falar de umidade e calor é impossível. O vale arborizado entre montanhas foi berço de diversas tentativas de criação de chácaras ou pequenas fazendas, entretanto uma nefasta aura de decadência e má fortuna murcha qualquer projeto ali.
Muitas dos donos das propriedades rurais que tentaram
florescer no lugar descobriram que o clima, ou algo no próprio solo de saibro
vermelho amarelado, não ajudam na produção de alimentos. Criações de animais
adoecem repentinamente e, muitas vezes, as crias nascem deformadas. As
árvores e as pessoas de Modilhões são retorcidas por alguma força que não se
entende. Existem poucos moradores na atualidade, só habita o Campo de Modilhões aquele que a condição financeira proíbe a saída ou quem se afina com a aura prejudicial do lugar.
Mata exuberante, fauna com espécies raras de insetos e algumas belezas naturais como a Cachoeira do Ronco ou a Clareira das Pedras Pretas poderiam atrair turistas se não fosse o grande número de desaparecimentos ali. Algo ruim vaga naquelas matas. Dois vilarejos rurais nasceram naquele inferno verde ao longo dos últimos duzentos anos. Um deles teve todos os moradores arrebatados por um surto de cólera e outro foi notícia nos anos 80 devido aos rituais de suicídio coletivo. Ruínas dos dois assentamentos ainda podem ser vistas por quem passa por aquelas estradas de barro e buracos. O primeiro assentamento fica próximo da estrada estadual que corta Modilhões em direção ao norte e vai em direção à antiga cidade de Caixeiros, atual área militar. O segundo assentamento é próximo da cachoeira do Ronco e cada ano fica mais escondido pela vegetação.
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